Nem parecias tu. Dá-me pena. O facto de saber que já nem te reconheço ao longe. Como é possível que tal aconteça?.
Dá-me, também, pena saber que já nem sei há quanto tempo não nos falamos. Pareces tudo menos a pessoa que eu em tempos conheci.
De bicicleta, capucho posto e barba por fazer, parecias mais um qualquer desgraçado nesta terra que tanto os tem.
E, se não fosse ela dizer-me que eras tu, passava por ti e jamais te olhava de frente. Fá-lo-ia de soslaio como sempre faço com as pessoas que não me interessam.
Perdi-te há muito tempo. Mas, pior que isso, perdeste-te há mais ainda. Volta, porque ainda me custa não te ter aqui para te contar as peripécias da minha vida. Volta, para, pelo menos, eu saber que se nao o faço é porque não quero e não porque não posso.
Deixa-me discutir contigo, deixa-me sentir farta de ter um pai controlador, deixa-me sentir farta de alguém que tenta ser simpático e sempre armado em pessoa jovem em frente aos meus amigos. Volta e deixa-me sentir o embaraço de ter um pai que questiona as pessoas com quem saio e que me dá opiniões das quais discordo e que me irritam a tal ponto que me vou fechar no quarto a pensar o quanto te odeio.
Deixa-me, simplesmente, sentir o que é ter um pai. O típico pai de uma típica adolescente.
Fazes-me falta, no final de contas.
Quando comecei a ler o texto vi logo a quem te referias, e depois tive a confirmação :D
ResponderEliminarEstá tãooo profundo!
Beijinho *