terça-feira, 10 de agosto de 2010

Espécie maravilha

Incêndios que devastam áreas alucinantes. Enxurradas que arrasam quilómetros e quilómetros de território. Temperaturas extremas que até custam a suportar.
Passam notícias destas durante todo o dia na televisão. É porque alguém perdeu a casa e porque se perdeu uma bela área de reserva natural. A mim, isto repugna-me.
Mais do que possam imaginar. Tenho mesmo de desligar a televisão ou mudar de canal. Isto é por culpa de tudo o que o ser humano fez ao longo dos últimos – muitos – anos.
A natureza está a revoltar-se contra tudo aquilo que NÓS a sujeitámos. Cortámos árvores para fazer mesas, papel e toda uma vasta lista de bens materiais que se tornaram bens essenciais.
Depois, são aquelas malfadadas fábricas que passam anos a enviar gases tóxicos para a atmosfera. E são também as pessoas que não reciclam e colocam tudo e qualquer coisa no lixo comum.
Qual é o meu objectivo com esta lengalenga? É simples. O ser humano passa o tempo a fazer telejornal sensacionalista a tentar criar emoções em todos e mais alguns mas, a verdade, é que o fazem pelo lado errado.
As pessoas pensam “Meu Deus! O mundo está de pernas para o ar!”. Não… De pernas para o ar andámos nós durante muito tempo. Éramos os reis do mundo, aqueles que matam espécies lindíssimas de plantas e animais porque querem construir apenas mais um aldeamento de férias. O ser humano é aquele que realmente é merecedor de sofrer com isto.
Na minha opinião custa-me que toda esta beleza esteja a chegar ao fim. Dou por mim a ter pena de não existir um planeta como no Filme AVATAR.
Mas nem assim nos íamos safar. E sabem porque? Porque esse filme – que tanto adorei – traduz um conto de fadas: Na realidade nós iramos domar aquilo tudo e acabar com a beleza natural para extrair aquele nem precioso que tanto dinheiro vale.
No fim de contas, é isso mesmo que vale a pena: Fazer contas e perceber a riqueza que temos.
Poderia aqui dizer “ Vamos parar. Vamos deixar de poluir o mundo”. Mas, muita gente diria “Outra vez esse assunto?”. Por isso, mais vale estar quieta. Porque estão todos fartos do assunto mas ninguém está a fazer nada e ainda estou à espera do milagre do OBAMA que ia transformar o mundo num local com menos poluição.
Mas, milagres desses não me parecem ser possíveis. Vamos, portanto, continuar como até agora: Andar de carro para uma viagem de ma esquina à outra e achar que a reciclagem é demasiado entediante. Depois, meus caros amigos, não se queixem deste calor ou do frio exagerado.
Somos uma espécie maravilhosa: Acabamos com o local onde vivemos, matamo-nos uns aos outros e, ironicamente, somos os únicos animais capazes de pensar e raciocinar… Imaginem se não fôssemos.

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